A Diáspora africana em Goiás e os espaços do sagrado de origem africana na região metropolitana de Goiânia
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14718866Palavras-chave:
diáspora africana, religiões de matriz africana, decolonialidade, resistência, GoiâniaResumo
O presente artigo aborda o tema da diáspora africana em Goiás e as dinâmicas espaciais das religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Jurema, na região metropolitana de Goiânia. O objetivo do estudo é analisar a presença histórica e cultural dos afrodiaspóricos em Goiás, bem como investigar as práticas religiosas afro-brasileiras, explorando as dinâmicas de marginalização, segregação e resistência dessas comunidades. A metodologia adotada inclui uma revisão bibliográfica de obras sobre a diáspora africana e religiões de matriz africana, além de observações de campo realizadas em um terreiro de Jurema em Goiânia. O estudo também adota uma abordagem decolonial, buscando desconstruir narrativas historiográficas tradicionais que relegam as contribuições dos afrodiaspóricos a um segundo plano. Os resultados evidenciam que as religiões afro-brasileiras na região, embora enfrentem estigmatização e invisibilidade social, atuam como espaços de resistência e de reafirmação identitária. As práticas religiosas de matriz africana, além de terem importância espiritual, também se configuram como mecanismos de resistência cultural e política frente ao racismo e à segregação histórica em Goiás. As conclusões apontam para a necessidade de uma revisão historiográfica que valorize as contribuições dos afrodiaspóricos e das suas práticas religiosas, reconhecendo a centralidade dessas populações na formação histórica do estado. O artigo destaca a urgência de uma abordagem inclusiva e decolonial para promover uma narrativa mais plural, que contemple as diversas influências culturais e históricas no estado.
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